Autor original: Felipe Frisch
Seção original: Serviços de interesse para o terceiro setor
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Já estão abertas as inscrições para a segunda edição do Prêmio Empreendedor Social Ashoka/McKinsey. Podem participar organizações e universitários com idéias inovadoras em planos de negócios capazes de gerar renda para as organizações do terceiro setor e tornar seus projetos auto-sustentáveis. As três equipes vencedoras receberão prêmios num total de R$ 60 mil.
Uma particularidade do concurso é a tentativa de aproximar estudantes da realidade do terceiro setor. De acordo com a área, com o desempenho acadêmico e com o local onde moram, os estudantes serão direcionados para atuarem no desenvolvimento de algum dos planos de negócios pré-selecionados pelos organizadores. A Coordenadora do Centro de Competência para Empreendedores Sociais da Ashoka, Viviane Naigeborin, espera repetir o sucesso do ano passado:
- O casamento entre estudantes e as organizações foi muito feliz – diz Viviane. A coordenadora lembra que nada impede que as organizações indiquem algum universitário para o seu projeto.
Ao longo de três etapas eliminatórias serão avaliados: a viabilidade da idéia, a implementabilidade, o impacto social e o potencial de multiplicação dos negócios propostos. De acordo com o regulamento, vários critérios terão que ser respeitados, mas, segundo Viviane, um dos mais importantes é o compromisso do projeto apresentado com a atividade-fim da organização.
A Ashoka e a McKinsey também estarão premiando, com R$ 7 mil, as cinco organizações que apresentarem os conceitos mais inovadores em mobilização de recursos na área social, sejam eles financeiros, humanos ou técnicos. A quantia, não sendo muito vultosa, é principalmente um estímulo para a organização, e para que ela se torne inspiradora para outras entidades.
Além do incentivo financeiro, os idealizadores do Prêmio pretendem também promover a profissionalização do terceiro setor. “O ideal seria que todos os projetos pudessem ser implementados, mas mesmo quem não ganha o prêmio em dinheiro já muda a mentalidade ao longo do processo”, conta Viviane, orgulhosa. Ela lembra que o plano vai sendo elaborado e aprimorado ao longo do concurso, com direito a consultorias por parte dos participantes.
Na edição do ano passado, entre as 177 organizações e 180 universitários inscritos, a equipe vencedora foi a do projeto Quixote, da Escola Paulista de Medicina, que trazia um plano de negócios de uma agência de grafitagem. A idéia era possibilitar que meninos em situação de risco pudessem fazer artística e profissionalmente o que faziam por vandalismo, e daí gerar renda. O projeto deu certo e os seus coordenadores hoje estão montando uma ong com essa finalidade.
As inscrições para o prêmio podem ser feitas até 11 de maio, somente através do site www.empreendedorsocial.org.br. No mesmo endereço, está disponível o regulamento do Prêmio, além de todas as informações necessárias aos interessados em participar. São apoiadores do projeto: o Instituto C&A, a Natura, a Fundação Ford e a Fundação Getúlio Vargas.
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