Você está aqui

Nota de apoio às defensoras de direitos sexuais e reprodutivos ameaçadas no Rio de Janeiro

Vimos pela presente denunciar as ameaças que vêm sofrendo as ativistas e defensoras dos direitos humanos sexuais e reprodutivos, Rogeria Peixinho, Danielle Miranda e Nataraj Trinta, que fazem parte da organização da Marcha das Vadias no Estado do Rio de Janeiro.Neste ano, a Marcha aconteceu na cidade do Rio de Janeiro durante evento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na praia de Copacabana. Devido a problemas com o local primeiramente escolhido para o evento da JMJ, este foi alterado para a Praia de Copacabana, local que já havia sido escolhido com antecedência para a realização da Marcha das Vadias. Durante a Marcha houve uma apresentação por pessoas que estavam na manifestação, que usaram a quebra de imagens de santas, e essas cenas foram veiculada nos meios de comunicação. Desde então as organizadoras da Marcha vêm recebendo ameaças de morte através das redes sociais, e-mails e telefones.As ativistas foram diretamente responsabilizadas pelos atos de terceiros durante a Marcha em representação ao Ministério Público Estadual apresentada pelo deputado estadual Bolsonaro Filho. Tal medida representa uma tentativa de atribuir responsabilidades por atos de terceiros nos quais as ativistas não tiveram participação, além de instaurar o pânico moral em relação à manifestação antissexista visando o cerceamento da liberdade de expressão das integrantes da Marcha das Vadias, violando os seus direitos humanos e garantias constitucionais.As ativistas afirmam que não sabiam da existência dessa apresentação e que não concordam com nenhuma ação de intolerância religiosa.A Marcha das Vadias tem outro propósito bem diferente, é a expressão de um movimento global que tem como principal objetivo denunciar o sexismo e a cultura machista nos casos em que as mulheres e meninas vítimas de violência sexual são acusadas de terem provocado a violência que sofreram devido ao seu comportamento ou vestimenta, organizada em outros estados e em outros países desde que começou no Canadá, no ano de 2011.Pelos fatos expostos solicitamos providências imediatas cabíveis para a proteção de sua integridade física como defensoras dos direitos humanos sexuais e reprodutivos.Articulação Brasileira de Lésbicas - ABLArticulação de Mulheres Brasileiras - AMBAssociação Ilê Mulher - Porto AlegreCasa da Mulher CatarinaCatólicas pelo Direito de DecidirCentro Nordestino de Medicina PopularCEPIACfemea – Centro Feminista de Estudos e AssessoriaCLADEM BrasilCLAM – Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos Coletivo de Mulheres da ABGLTColetivo FemeninaColetivo Feminino Plural - Porto AlegreColetivo Feminista GEMDAC/PIComissão de Bioética e Biodireito da OAB/RJComissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB-RJComitê de Mortalidade MaternaFórum de Mulheres da Amazônia Paraense - FMAPFórum de Mulheres de PernambucoFórum Estadual de Mulheres PiauiensesGrupo Brasil & DesenvolvimentoGrupo Curumim - PEGrupo de Mulheres Brasileiras - GMBGrupo de pesquisa sobre gênero e masculinidades - Gema/ UFPEInstituto PapaiInstituto Patrícia Galvão - Mídia e DireitosJustiça GlobalMarcha das Vadias – DFMovimento D´ELLAS-RJMovimento e Articulação de Mulheres do Estado do Pará – MAMEPObservatório da MulherPromotoras Legais Populares – Curitiba, PRRede de Desenvolvimento Humano - REDEHRede de Homens pela Equidade de Gênero – RHEGRede de Mulheres da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC), BrasilRelatoria do Direito Humano à Saúde Sexual e ReprodutivaSociedade de Bioética do Estado do Rio de JaneiroSOS Corpo Instituto Feminista para DemocraciaAgildo Nogueira Junior, Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, regional CampinasAlaerte Leandro MartinsAlbineiar Plaza PintoAngela Freitas, representante da Articulação de Mulheres Brasileiras - RJ no Conselho Estadual dos Direitos da MulherCarolina Alves Vestena, Faculdade de Direito UERJ.Dulce Xavier, feminista e Promotora Legal Popular/SPEla Wiecko V. de Castilho, Universidade de BrasíliaÉrica LobatoFernando Agustín PazosJacqueline Guerreiro - Coordenadora Executiva GEEMA (Grupo de Pesquisa em Educação e Meio Ambiente)José Ricardo Cunha, Faculdade de Direito da UERJLia Zanotta Machado, antropóloga da UnB, membro da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e ReprodutivosMaria do Espirito Santo Tavares dos Santos - Rede Feminista/Regional Rio de JaneiroRachel MorenoRosa Maria de Souza Fonseca - Presidente da Comissão OAB-Mulher do estado do Rio de JaneiroRoseli GoffmanSandra ValongueiroSheila Sabag – Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de FlorianópolisTizuko ShiraiwaVanda TerraYone LindgrenFonte: Plataforma Dhesca Brasil

Theme by Danetsoft and Danang Probo Sayekti inspired by Maksimer