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Um em cada 12 jovens na América Latina e Caribe não completa ensino fundamental, mostra UNESCO

Mais de 8 milhões de pessoas com idade entre 15 e 24 anos na América Latina e Caribe não completaram o ensino fundamental e precisam de caminhos alternativos para adquirir habilidades básicas para emprego e prosperidade. Isso equivale a quase um em cada 12 jovens numa região onde quase metade da população tem menos de 25 anos. Nos países em desenvolvimento, este número chega a 200 milhões, o que representa 20% dos jovens. Os dados são do 10º Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, lançado nesta terça-feira (16) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).No mundo todo, um em cada oito jovens está desempregado e mais de um quarto está preso em trabalhos que os deixam na linha da pobreza ou abaixo dela. Enquanto os efeitos da crise econômica global continuam a ser sentidos, a profunda falta de qualificação juvenil torna-se mais nociva do que nunca.O relatório mostra que os jovens necessitam das habilidades básicas ensinadas nas escolas para que encontrem empregos decentes. Na América Latina e no Caribe, quase 2,7 milhões de crianças ainda estão fora do ensino fundamental e 1,7 milhão de adolescentes estão fora do ensino médio, perdendo a chance de adquirir habilidades vitais para um emprego.“Estamos testemunhando uma geração jovem frustrada pela disparidade crônica entre habilidades e emprego. A melhor resposta para a crise econômica e o desemprego juvenil é assegurar-se de que os jovens adquiram as habilidades básicas e a capacitação relevante de que necessitam para adentrar o universo do trabalho com confiança”, disse a Diretora-Geral da UNESCO, Irina Bokova.Financiamento da educação em criseDe acordo com a diretora do relatório, Pauline Rose, governos e empresas precisam trabalhar para combater a crise no financiamento da educação. “Existem sinais preocupantes de que a ajuda à educação esteja minguando justamente agora quando crianças e jovens mais precisam”, disse. “O setor privado será o primeiro a se beneficiar de uma mão de obra qualificada e também deve aumentar seu apoio financeiro.”O documento calcula que, além dos 16 bilhões de dólares necessários para alcançar o ensino fundamental universal até 2015, a matrícula universal no ensino médio custaria 8 bilhões de dólares. A oferta de programas que oferecem caminhos alternativos para a capacitação também precisa aumentar drasticamente.Para ler a íntegra do relatório, clique aqui.

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