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ONG diz que ginecologistas negligenciam lésbicas no Rio

Lésbicas denunciam que ginecologistas do Rio de Janeiro deixam de solicitar o exame que pode ajudar a prevenir o câncer de colo de útero porque elas não mantêm relações sexuais com homens. "Os profissionais não reconhecem vida sexual entre duas mulheres", afirmou uma das diretoras da ONG Arco-Íris, Marcelle Esteves, que coordenou pesquisa sobre o assunto. "É assustador porque só se pode fazer a prevenção do vírus de HPV - sexualmente transmissível - a partir do exame ", destacou a diretora, lembrando que mesmo sem se relacionar com homens, as lésbicas fazem sexo.A Secretaria Municipal de Saúde do RJ afirma que não existe motivo para os médicos não pedirem o exame preventivo às lésbicas. Gisele Israel, da Gerência do Programa de Aids, atribui o problema ao preconceito e ao desconhecimento. "Como os profissionais não passam por uma proposta de qualificação com um olhar para o diferente, os serviços se constituem sem um olhar apurado".O superintendente de Vigilância Ambiental e Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde do RJ, Alexandre Chieppe, confirma que, mesmo com capacitação, não é fácil mudar a rotina do atendimento. "Capacitamos os gestores municipais, a questão das lésbicas está inserida nos programas de saúde da mulher, mas precisamos romper paradigmas".Veja essa notícia na íntegra: ONG diz que médicos ginecologistas negligenciam lésbicas no Rio (Agência Brasil - 10/09/2011)Levantamento sobre o tema realizado pela Agência Patricia Galvão, a partir de dados do Conselho Nacional de Saúde (CNS), indica que esta situação não é exclusiva do Rio de Janeiro, conforme constatou outras pesquisas apresentadas na Comissão Intersetorial de Saúde LGBT, em outubro de 2010 e debatidas no pleno do CNS, em novembro de 2010.Os dados foram divulgados nas pesquisas realizadas em Porto Alegre, pela Liga Brasileira de Lésbicas e pelo NUPACS/Univerdade Federal do Rio Grande do Sul, e em Recife, pelo SOS Corpo - Instituto Feminista para a Democracia, com apoio do Ministério da Saúde, e pelo Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, com apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres. O CNS aprovou recomendação ao Ministério da Saúde para criação de Grupo de Trabalho para elaboração de protocolo clínico de atendimento à saúde das mulheres lésbicas, entre outras demandas apresentadas pelas pesquisas. Acesse o protocolo clínico de Porto Alegre no blog: www.lblsaudelesbica.blogspot.com.Fonte: Agência Brasil/Agência Patrícia Galvão

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