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Viva Rio zela pela cidadania

Autor original: Maurício Jun Handa

Seção original: Os mais interessantes e ativos projetos do Terceiro Setor

Todo jovem tem o direito de concluir o ensino fundamental. Essa lei não é cumprida no Brasil, apesar de estar escrita no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Para modificar essa situação, o Viva Rio se uniu ao governo federal e criou o projeto Zeladores da Cidadania. Além de levar mil jovens entre 18 e 21 anos de volta às salas de aula, o programa prevê que os adolescentes realizem serviços comunitários. Para dar início à iniciativa, o Ministério da Justiça anunciou que investirá R$ 2,5 milhões a partir de setembro.


"Concluir o primeiro grau é o requisito mínimo para que os jovens entrem no mercado de trabalho. A nossa expectativa é que esse seja um projeto- piloto no Rio de Janeiro e que os Zeladores Comunitários se espalhem pelo país até 2001, chegando a 100 mil jovens na faixa etária de 18 a 21 anos. Afinal, é nessa fase que estão as maiores vítimas e os principais agentes de violência", diz o diretor do Viva Rio, Rubem César Fernandes.


Os Zeladores da Cidadania trabalharão nos batalhões da Polícia Militar, na Defesa Civil e na Guarda Municipal, por um período de nove meses. Além de oferecer um curso intensivo para que esses jovens concluam o primeiro grau, o projeto organiza capacitações de informática, direitos humanos e treinamento para o trabalho em comunidade.


Entre as atividades dos Zeladores estão cuidar do meio ambiente, dos espaços e bens públicos e encaminhar os principais problemas das regiões onde atuam os órgãos competentes. Para desempenhar o trabalho comunitário, os jovens receberão uma bolsa mensal de um salário mínimo, no valor de R$ 151.


A proposta do projeto foi apresentada ao Ministério da Justiça em uma reunião, que teve como tema os desdobramentos da campanha "Basta! Eu quero paz", iniciativa do Viva Rio que prioriza o fim da violência. O programa Zeladores da Cidadania será realizado por essa organização, em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e o Ministério da Justiça.

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